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Category: Destaques
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Decorreu na primeira semana de Novembro a Formação em Metodologias Inclusivas para os formadores do Centro de Formação Profissional do IFPELAC de Pemba, sendo que esta actividade terá a sua réplica em Maputo e Beira.

Segundo dados oficiais, em 2017 os centros de formação profissional do governo “IFPELAC” formaram 16.152 pessoas, das quais164 com deficiência (111 homens e 53 mulheres): 57 na Zambézia, 46 em Niassa, 37 em Manica, 30 na cidade de Maputo e 1 na província de Inhambane. Com cerca de 300.000 novas vagas de emprego por ano entre 2013 e 2015, 1.576 pessoas com deficiência foram integradas ao mercado de trabalho em todo o país, contra uma previsão de 46.200. As infraestruturas e currículos inadequados, a falta de formadores qualificados, o apoio e o difícil acesso às TIC (tecnologias de informação e comunicação), especialmente fora dos principais centros urbanos, impedem efetivamente o acesso à informação, formação profissional e emprego para pessoas com deficiência. A persistência de atitudes discriminatórias, falta de acesso a crédito e garantias bancárias, falta de legislação que promova a inclusão de pessoas com deficiência no sector privado, programas de estágio e a falta de formas de comunicação adequadas, são identificadas como as principais dificuldades. Dificuldades no acesso à formação e ao emprego são ainda maiores para raparigas e mulheres, especialmente se forem provenientes de famílias pobres e / ou áreas rurais do país, onde as barreiras arquitectónicas, económico-financeiras, socioculturais e de informação são ainda mais pronunciadas.

Durante a realização da primeira formação em inclusão de deficiência bem como a realização da auditoria de acessibilidade e o DISC com os formadores a nível dos três centros abrangidos pelo Projecto PIN, constatou-se que os formadores não possuem competências técnicas e metodológicas inclusiva em como trabalhar com estudantes com deficiência. Daí que foi identificada a necessidade de formar formadores em metodologias de ensino inclusivo para que possam melhor atender as necessidades dos estudantes com deficiência inscritos nos Centros de formação profissional.