Um Hackathon inovativo e inclusivo para jovens com deficiência

 

Fazes parte duma associação ou grupo de jovens com deficiência ou tens ideias ou projectos inovadores para a melhoria da acessibilidade, autonomia e participação de jovens com deficiência? Então, este é o teu Hackathon!

Maputo - 08 de Dezembro de 2021: Sob o espírito “Não deixar ninguém para trás”, o UNFPA, Fundo das Nações Unidas para a População, em parceria com a ONG Associação Italiana Amigos di Raoul Follereau (AIFO), Ministério do Género, Criança e Acção Social (MGCAS) e o Espaço   Inovação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), lança esta quarta-feira, 8 de Dezembro de 2021, no Campus Universitário UEM o” Hackathon nacional sobre Deficiência e Inclusão”. 

O Hackathon é uma maratona de programação em que desenvolvedores de software, aplicativos e websites, procuram soluções para desafios colocados. Neste caso, no Hackathon sobre Deficiência e Inclusão, procuram-se soluções para desafios sobre acesso a serviços essenciais por parte de pessoas com deficiência.

 

Os jovens pertencentes a Associações e Grupos de Pessoas com Deficiência, estão encorajados a aproveitarem esta oportunidade para apresentarem o seu contributo na luta para a inclusão da deficiência. O Hackathon Deficiência e Inclusão é um concurso de natureza tecnológica no qual equipas jovens de programadores e designers, irão participar numa maratona de programação de 72 horas. O Hackathon vai decorrer em Maputo no espaço Inovação da UEM em Maputo, de 25 de Janeiro a 28 de Janeiro, com a pitch e selecção da equipa vencedora no dia 31 de Janeiro. Será um evento presencial em Maputo e um link virtual para que pessoas nas províncias também possam participar. 

 

Três equipas vencedores irão receber prémios de 100.000,00 meticais para cada, para o desenvolvimento de seu projeto, o qual será entregue após a finalização e entrega da aplicação em estágio de produção. Encorajamos a inclusão de um ou mais membros com deficiência na equipa. O Hackathon está aberto para inscrições entre 8 de dezembro de 2021 e 23 de janeiro de 2022.

O objectivo do Hackathon é de resolver desafios nas seguintes áreas temáticas: 

I) Acesso a serviços essenciais aos jovens, raparigas e mulheres com deficiência; 

II) Acção humanitária e de emergência inclusiva; 

III) Informações e tecnologias acessíveis na área da saúde (eHealth e mHealth).

 

“Estamos entusiasmados em apresentar um Hackathon, para apoiar jovens com deficiência a melhorar seu acesso a informações e serviços essenciais. É importante para nós garantir a inclusão e a acessibilidade nos nossos programas, ouvindo e incluindo os jovens com deficiência na concepção de estratégias e intervenções. O Hackathon é uma maneira de fazer isso. Convidando jovens com deficiência a encontrar soluções para os problemas que enfrentam no dia a dia.” afirma Andrea M. Wojnar, Representante do UNFPA em Moçambique.

 

"Não restam dúvidas que o uso de ferramentas tecnológicas é a solução para vários problemas da sociedade e as de informação e comunicação trazem em específico a componente de inclusão e ajudam a advocacia a favor de grupos potencialmente marginalizados contribuindo para a consciencialização da sociedade.

O Centro de Informática da UEM não poderia ficar alheio a esta iniciativa que vai para contribuir para a redução de assimetrias criadas por limitações que podem ser eliminadas através da TIC. 

É nesse sentido que se envolve nesta iniciativa para contribuir promovendo para o acesso serviços essenciais relevantes/humanitários no contexto da inclusão e protecção de direitos de jovens com deficiência em situação de risco e conflito.” Afirma Doutor Luís Neves Cabral Domingos, Director do CIUEM

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Para obter mais informações sobre o Hackathon e o processo de registro, visite a página web: http://hackathons.uem.mz/hackability4moz.

 

Estima-se que mais de um bilhão de pessoas no mundo, aproximadamente 15% da população mundial, vivam com alguma deficiência (OMS, 2018). Em Moçambique, o Censo Nacional de 2017 indica que existem mais de 700.000 pessoas com deficiência no país. Esta estimativa inclui adolescentes e jovens com deficiência, sendo que, grande parte destes, vive nas zonas rurais onde os níveis de pobreza são mais elevados, e os serviços de saúde, educação e outros a eles relacionados são escassos ou mesmo ausentes, o que faz com que elas se encontrem no grupo dos mais pobres e vulneráveis no país.

 

Várias estratégias têm sido desenvolvidas pelos diferentes actores governamentais e sociais no sentido de promover a participação e o empoderamento das pessoas com deficiência, em particular dos jovens com deficiência. Entretanto o desafio é enorme visto que, se reporta para pessoas com deficiência o baixo nível de escolarização, o fraco nível de acesso ao mercado laboral, de fontes de rendimentos, de serviços, da habitação, de informação, de participação social e dificuldades de mobilidade.

 

SOBRE

O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) é a Agência das Nações Unidas de saúde sexual e reprodutiva. Nossa missão é proporcionar um mundo onde toda gravidez seja desejada, todo parto seja seguro e o potencial de cada jovem seja realizado. Com o objetivo de criar um mundo sustentável e inclusivo, onde o objetivo é “não deixar ninguém para trás” e dar continuidade aos esforços globais para promover acesso e empoderamento para pessoas de todas as habilidades. Assim, baseados na experiência de sucesso anteriormente levada a cabo por esta Agência, o escritório do UNFPA em Moçambique une-se a parceiros do Governo de Moçambique e a sociedade civil representando pessoas com deficiência, para juntos realizarem esta iniciativa.