A formação está a ser dada pelos professores Agostinho e Leta

Formação de Língua de Sinais

A AIFO, em parceria com diferentes instituições, com particular destaque para o FAMOD e o Instituto de Formação Profissional Alberto Cassimo – IFPELAC, está a desenvolver um projecto designado (PIN), financiado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento - AICS, visando favorecer a inclusão social e económica das pessoas com deficiência, em particular no âmbito da formação profissional e no acesso ao emprego.

No âmbito do projecto PIN, está previsto o curso de língua de sinais para os formadores dos Centros de formação profissional nas três cidades de implementação do projecto, Maputo, no sul do país, Beira no centro e Pemba no norte. 

Esta formação resulta da necessidade dos formadores, pessoal de apoio, pessoal da secretaria, guardas e outros que de uma ou de outra forma terão um contacto com pessoas com deficiência auditiva, pessoas surdas, estarem preparados para que tenham uma comunicação independente e inclusiva de acordo com a Convenção das Nações Unidas para os Direitos das Pessoas com Deficiência. A língua de sinais é uma ferramenta indispensável para a comunicação com as pessoas com deficiência auditiva e que recentemente foi aprovada como sendo uma das línguas a ser leccionadas nos centros de formação de professores e como uma das línguas oficiais.

 

Formação de Língua de Sinais aos Formadores do Maputo

1.    DURAÇÃO E HORARIO  

A formação iniciou no dia 23 de Julho e tem data prevista para terminar a 26 de Outubro

Terá uma duração de 3 meses. 

Carga de horária: 

2 horas diarias 

Total de horas:

128 horas

 

2.  OBJETIVOS

Formar os formadores do Centro de Formacao Profissional de Malhazine  em matérias de Lingua de sinais moçambicana, com vista a proporcionar-lhes competências incluisivas para:

ØTransmissão de conhecimentos para as pessoas com deficiência e em particular aoas pessoas surdas,

ØTroca de informações entre as pessoas surdas e o pessoal de apoio,

ØEncaminhamento e acompanhamento sempre que solicitados.  

 

3.  TEMAS DA CAPACITAÇÃO 

ØAlfabeto Manual e Nomes gestuais

ØPaises do mundo, provincias e distritos de Mocambique

ØNumeros cardinais, ordinais, meses, dias da semana e estacoes do ano

ØFamilia, estado civil

ØVerbos

ØCores e formas

ØPronomes

 

4.    RESULTADOS ESPERADOS

 

ØQue no fim do curso os formandos consigam se comunicar em lingua de sinais basica,  

ØQue os guardas e o pessoal de apoio sejam capazes de dar indicacoes claras em lingua de sinais,

ØQue o pessoal administrativo seja capaz de avaliar e encaminhar de acordo com as habilidades de cada formando aos cursos adequados, atraves das conversas com os jovens surdos.

ØQue no fim do curso a comunicacao em lingua de sinais, seja neste centro, o simbolo da inclusao.

 

5.  FACILITADORES  

Para esta formacao foram candidatos e seleccionados os senhores: Agostinho Foliche e Leta Timbane. 

 

6.   BENEFICIÁRIOS

Pessoal do Centro de Formação Profissional de Malhazine: 

üFormadores 

üPessoal da secretaria

üPessoal administrativo

üGuardas 

üPessoal de apoio. 

Fotos da Formação

Os formadores, pessoal administrativo e directora do centro (em vermelho) repetindo os sinais
Os formadores, pessoal administrativo e directora do centro (em vermelho) repetindo os sinais

 

Os professores Leta a esquerda e Agostinho a direita, ensinando o sinal para a aluna no meio
Os professores Leta a esquerda e Agostinho a direita, ensinando o sinal para a aluna no meio
A professora Leta
A professora Leta
Cada aluno teve a sua vez em frente da turma para fazer os sinais
Cada aluno teve a sua vez em frente da turma para fazer os sinais
O professor Agostinho
O professor Agostinho
O aluno fazendo o sinal de boa tarde
O aluno fazendo o sinal de boa tarde

Realização de Grupos Focais com Pessoas com Deficiência sobre Emprego e Formação Profissional

Realização de Grupo Focal sobre Emprego e Formação Profissional

 

Na continuação das actividades de Pesquisa Emancipatória, no mês de Julho de 2019, realizamos 3 grupos focais com pessoas com deficiência, onde participaram em média 12 pessoas por cada grupo focal. Estes grupos focais foram 3 em Maputo, 3 em Beira e 3 em Pemba.

Os grupos focais foram dirigidos pelos pesquisadores formados em pesquisa emancipatória.

 

O que é um Grupo Focal?

•          É um método de pesquisa qualitativo  Não há opções de resposta predeterminadas

•          São grupos de discussão para identificar problemas, soluções e partilhar experiencias e pontos de vista diferentes;

•          O objetivo não é chegar a um consenso, resolver o problema ou tomar uma decisão

 

Objectivo do nosso Grupo Focal

•          Entender quais são as EXPERIÊNCIAS dos jovens moçambicanos com deficiência no que diz respeito ao acesso ao mercado de trabalho e à formação técnica 

•          Evidenciar as DIFICULDADES E OPORTUNIDADES 

•          Identificar CASOS DE SUCESSO e experiências positivas

•          O papel das TECNOLOGIAS (TIC)

 

 

Fotos do Grupo Focal realizado em Maputo na ADEMO

Participante do Grupo Focal se expressando em língua de sinais
Participante do Grupo Focal se expressando em língua de sinais

Participante do Grupo Focal falando da dificuldade de encontrar emprego sendo pessoa com deficiência
Participante do Grupo Focal falando da dificuldade de encontrar emprego sendo pessoa com deficiência

Intérprete de Língua de Sinais do grupo focal
Intérprete de Língua de Sinais do grupo focal
O pesquisador facilitador principal do grupo focal
O pesquisador facilitador principal do grupo focal

Os pesquisadores tomaram notas das contribuições dos participantes
Os pesquisadores tomaram notas das contribuições dos participantes

Opiniões registadas no grupo focal
Opiniões registadas no grupo focal

Os pesquisadores que dirigiram o grupo focal
Os pesquisadores que dirigiram o grupo focal
Grupo que realizou a Pesquisa Emancipatória em Maputo

Realizadas 300 Entrevistas em 300 empresas moçambicanas sobre contratação de Pessoas com Deficiência

Logo após a formação em Pesquisa Emancipatória, que decorreu de 2 a 5 de Abril de 2019 em Maputo, de 9 a 12 em Beira e 15 a 18 em Pemba,  onde foram formados 20 pesquisadores por cada Cidade, num total de 60, iniciamos com as actividades de entrevistas aos empreendedores. Estas entrevistas decorreram de 22 de Abril de 2019 à 22 de Maio de 2019, em várias empresas, pequenas, médias e grandes.

Os 20 Pesquisadores da Cidade da Beira
Os 20 Pesquisadores da Cidade de Pemba

Alguns pesquisadores de Pemba

2 Pesquisadores de Pemba

Objectivo da Pesquisa Emancipatória

       A pesquisa centrar-se-á no tema da inclusão no mercado de trabalho e no sistema de formação profissional

       Quais são os fatores que impedem ou favorecem a inclusãodas Pessoas com Deficiência no emprego e no trabalho autônomo? 

 

Perguntas da Pesquisa Emancipatória

  1. Quais são os fatores que impedem ou favorecem a inclusãodas Pessoas com Deficiência no emprego e no trabalho autônomo? 
  2. formação profissional é acessível para as pessoas com deficiências físicas e sensoriais? 
  3. formação profissional das Pessoas com Deficiênciatem algum impacto no seu acesso ao emprego? 

 

Objectivo da Entrevista aos Empreendedores

       O objetivo do questionário é compreender a atitude dos empreendedoresquanto à contratação de pessoas com deficiência 

       Eles estão dispostos a contratar uma pessoa com deficiência?

       Quais são os PROBLEMASpara fazê-lo?

       Quais são as SOLUÇÕESpossíveis?

 

Quais foram os Critérios de Selecção das Empresas

       As empresas podiam ser tanto formais quanto informais;

       Escolher uma amostra variada por setor, tipo e tamanho;

       Selecionar empresas que possuam pelo menos o potencial para contratação.

Houveram alguns desafios, a saber, alguns erros cometidos pelos pesquisadores durante as entrevistas, muitas empresas recusaram o pedido de entrevista o que fez com que os pesquisadores tivessem que fazer esforços redobrados para atingir o nosso objectivo de 100 entrevistas com 100 empreendedores.

Os pesquisadores conseguiram fazer 111 questionários de um total de 239 empresas contactadas para participar da pesquisa.

Eis alguns casos de sucesso que foi possível identificar acompanhados pelas palavras dos próprios pesquisadores:

“Imagens da entrevista com o Director Geral das Dioceses de Caritas de Moçambique!!! Foi uma entrevista muito interessante, o senhor é muito simpático e sensível. A entrevista correu muito bem e foi uma boa experiência...”

“Essa foi a entrevista k tivemos com a Sra. Karmen Myral, a fundadora da BLACK KHAKELA."

A entrevista correu bem, tivemos pequenos erros como repetir as questões que ela já havia respondido, mas o resto foi bom, ela deu-nos muita força, disse que devemos ir mais além, também pediu para que possamos manter-lhe sempre informada sobre o projecto, que ela vai nos apoiar, e que também esta disposta a trabalhar com jovens com dificiência, desde que eles saibam trabalhar. Só isso.”

 

“Entrevista à Folha Verde, onde cada inqueridora recebeu 4 revistas de casamento que custariam 1.200,00 Mt, mas para nós foi mahala (grátis).”

 

“Entrevista feita ao proprietário da padaria Costa Tembe no bairro de Maxaquene.”

 

“Entrevista feita ao Sr. da papelaria no Bairro Museu. Assim foi o nosso dia de ontem, muito cansativo pois as entrevistas estavam muito distantes uma da outra.”

 

“Entrevista no Salão de Evento Aurora e Gabriela.”

“Entrevista realizada na sorveteria degrau. A entrevista de hoje foi muito boa.”

 

“Entrevista relizada na Farmácia Djakos.”

 

 

 

Formação em Pesquisa Emancipatória Maputo

 

Pesquisa Emancipatória – Projecto PIN

A Pesquisa Emancipatória é um tipo de pesquisa utilizada para colectar informações (produzir conhecimentos) em certos grupos da população que recebem menos atenção (no caso do Projecto PIN, pessoas com deficiência).

Entre os dias 2 de Abril de 2019 e 5 de Abril de 2019, a equipe do projeto de Maputo, coordenada pela Ong AIFO recebeu os facilitadores da ARCO – Universidade de Florença: Federico Ciani e Carmela Nitti. A ARCO é um Centro Universitário que oferece serviços de pesquisa, consultoria e treinamento. Fundada em 2008 junto ao PIN S.c.r.l. (Campus Universitário “Città di Prato”), hoje a ARCO conta com uma vasta gama de profissionais e um Comitê Científico de alto nível. A instituição possui ainda um forte vínculo com o Departamento de Ciências Econômicas e Empresariais e com o Departamento de Estatística, Ciência da Computação, e Aplicações "Giuseppe Parenti" da Universidade de Florença. 

A actividade que eles vieram realizar em Maputo foi: Formação sobre Pesquisa Emancipatória

 

Tema da Pesquisa

No caso da nossa pesquisa, as perguntas de pesquisa já foram identificadas pelas Organizaçãoes de Pessoas com Deficiência (OPD) do FAMOD, dos funcionarios do IFPELAC, do INE e do Ministério de Género, Criança e Acção Social durante uma formação que ocorreu em Maputo nos dias 12, 13, 14 e 21 de Junho de 2018. 

O grupo de trabalho identificou as seguintes perguntas de pesquisa: 

A formação profissional é acessível para as pessoas com deficiência física e sensorial?

As pessoas com deficiência que participaram em cursos de formação profissional, tem facilidade de encontrar trabalho?  

Quais são os fatores que impedem ou que favorecem a inclusão das pessoas com deficiência no emprego e no auto-emprego?

 

As actividades consistiram em:

Dia 1: Apresentação e revisão dos principais artigos do UNCRPD (Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência), introdução ao tema da Pesquisa Emancipatória e exercícios sobre abordagens a deficiência. 

 

Os Pesquisadores Carmela e Federico fazendo a formação de Pesquisa Emancipatória a 20 Pessoas com Deficiência em Maputo
Os Pesquisadores Carmela e Federico fazendo a formação de Pesquisa Emancipatória a 20 Pessoas com Deficiência em Maputo (tendo sido formados igualmente 20 na Cidade da Beira no Centro do país e 20 na Cidade de Pemba no norte)

 

Primeiro Dia de Actividades de Pesquisa Emancipatória
Primeiro Dia de Actividades de Pesquisa Emancipatória

Dia 2: Lições teóricas e práticas sobre como se administra um questionário e exercícios sobre questionários aos empreendedores.

Segundo Dia das Actividades, foco no questionário para as empresas
Segundo Dia das Actividades, foco no questionário para as empresas
Uma das Tutoras instruindo os jovens formandos em Pesquisa Emancipatória
Uma das Tutoras instruindo os jovens formandos em Pesquisa Emancipatória

 

Dia 3: Lições teóricas e práticas sobre como facilitar um grupo focal e exercícios sobre a facilitação de grupos focais e de alimentação de dados no Excel. 

Exercício prático de facilitação de um grupo focal
Exercício prático de facilitação de um grupo focal

 

Exercício prático sobre alimentação de dados
Exercício prático sobre alimentação de dados que serão colectados na pesquisa

Dia 4: Questionário a Directora do Centro e Revisão dos trabalhos feitos nos últimos dias e análise e correção dos questfionários bem como apresentação de dúvidas e sugestões por parte dos participantes.

Exercício de questionário aos Centros de Formação Profissional do IFPELAC, tendo a Dra. Glória Banze do IFPELAC feito o papel de directora do Centro
Exercício de questionário aos Centros de Formação Profissional do IFPELAC, tendo a Dra. Glória Banze do IFPELAC feito o papel de directora do Centro

 

Foto de familia dos participantes da Pesquisa Emancipatória
Foto de familia dos participantes da Pesquisa Emancipatória

Objectivos da Pesquisa

A pesquisa visa: 

  • Suprir a falta de dados relativas ao acesso à formação profissional e ao mercado de trabalho por parte das PcD; 
  • Fortalecer a consciência dos participantes sobre a própria condição, os próprios direitos e as barreiras que dificultam a plena participação na sociedade onde vivem;
  • Aumentar as competências sobre as metodologias de pesquisa e a capacidade de análise por parte dos participantes na atividade;
  • Identificar os tipos de tecnologia TIC que poderiam tornar mais acessíveis os cursos de formação profissional para as pessoas com deficiência;
  • Melhorar os percursos de formação profissional e torná-los mais acessíveis e eficazes para as pessoas com deficiência.