Formação em Pesquisa Emancipatória Maputo

 

Pesquisa Emancipatória – Projecto PIN

A Pesquisa Emancipatória é um tipo de pesquisa utilizada para colectar informações (produzir conhecimentos) em certos grupos da população que recebem menos atenção (no caso do Projecto PIN, pessoas com deficiência).

Entre os dias 2 de Abril de 2019 e 5 de Abril de 2019, a equipe do projeto de Maputo, coordenada pela Ong AIFO recebeu os facilitadores da ARCO – Universidade de Florença: Federico Ciani e Carmela Nitti. A ARCO é um Centro Universitário que oferece serviços de pesquisa, consultoria e treinamento. Fundada em 2008 junto ao PIN S.c.r.l. (Campus Universitário “Città di Prato”), hoje a ARCO conta com uma vasta gama de profissionais e um Comitê Científico de alto nível. A instituição possui ainda um forte vínculo com o Departamento de Ciências Econômicas e Empresariais e com o Departamento de Estatística, Ciência da Computação, e Aplicações "Giuseppe Parenti" da Universidade de Florença. 

A actividade que eles vieram realizar em Maputo foi: Formação sobre Pesquisa Emancipatória

 

Tema da Pesquisa

No caso da nossa pesquisa, as perguntas de pesquisa já foram identificadas pelas Organizaçãoes de Pessoas com Deficiência (OPD) do FAMOD, dos funcionarios do IFPELAC, do INE e do Ministério de Género, Criança e Acção Social durante uma formação que ocorreu em Maputo nos dias 12, 13, 14 e 21 de Junho de 2018. 

O grupo de trabalho identificou as seguintes perguntas de pesquisa: 

A formação profissional é acessível para as pessoas com deficiência física e sensorial?

As pessoas com deficiência que participaram em cursos de formação profissional, tem facilidade de encontrar trabalho?  

Quais são os fatores que impedem ou que favorecem a inclusão das pessoas com deficiência no emprego e no auto-emprego?

 

As actividades consistiram em:

Dia 1: Apresentação e revisão dos principais artigos do UNCRPD (Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência), introdução ao tema da Pesquisa Emancipatória e exercícios sobre abordagens a deficiência. 

 

Os Pesquisadores Carmela e Federico fazendo a formação de Pesquisa Emancipatória a 20 Pessoas com Deficiência em Maputo
Os Pesquisadores Carmela e Federico fazendo a formação de Pesquisa Emancipatória a 20 Pessoas com Deficiência em Maputo (tendo sido formados igualmente 20 na Cidade da Beira no Centro do país e 20 na Cidade de Pemba no norte)

 

Primeiro Dia de Actividades de Pesquisa Emancipatória
Primeiro Dia de Actividades de Pesquisa Emancipatória

Dia 2: Lições teóricas e práticas sobre como se administra um questionário e exercícios sobre questionários aos empreendedores.

Segundo Dia das Actividades, foco no questionário para as empresas
Segundo Dia das Actividades, foco no questionário para as empresas
Uma das Tutoras instruindo os jovens formandos em Pesquisa Emancipatória
Uma das Tutoras instruindo os jovens formandos em Pesquisa Emancipatória

 

Dia 3: Lições teóricas e práticas sobre como facilitar um grupo focal e exercícios sobre a facilitação de grupos focais e de alimentação de dados no Excel. 

Exercício prático de facilitação de um grupo focal
Exercício prático de facilitação de um grupo focal

 

Exercício prático sobre alimentação de dados
Exercício prático sobre alimentação de dados que serão colectados na pesquisa

Dia 4: Questionário a Directora do Centro e Revisão dos trabalhos feitos nos últimos dias e análise e correção dos questfionários bem como apresentação de dúvidas e sugestões por parte dos participantes.

Exercício de questionário aos Centros de Formação Profissional do IFPELAC, tendo a Dra. Glória Banze do IFPELAC feito o papel de directora do Centro
Exercício de questionário aos Centros de Formação Profissional do IFPELAC, tendo a Dra. Glória Banze do IFPELAC feito o papel de directora do Centro

 

Foto de familia dos participantes da Pesquisa Emancipatória
Foto de familia dos participantes da Pesquisa Emancipatória

Objectivos da Pesquisa

A pesquisa visa: 

  • Suprir a falta de dados relativas ao acesso à formação profissional e ao mercado de trabalho por parte das PcD; 
  • Fortalecer a consciência dos participantes sobre a própria condição, os próprios direitos e as barreiras que dificultam a plena participação na sociedade onde vivem;
  • Aumentar as competências sobre as metodologias de pesquisa e a capacidade de análise por parte dos participantes na atividade;
  • Identificar os tipos de tecnologia TIC que poderiam tornar mais acessíveis os cursos de formação profissional para as pessoas com deficiência;
  • Melhorar os percursos de formação profissional e torná-los mais acessíveis e eficazes para as pessoas com deficiência.